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Covid-19/São Nicolau: Delegados de Saúde dizem que situação epidemiológica na ilha “é preocupante”
Os delegados de Saúde de São Nicolau revelaram hoje que a situação epidemiológica naquela ilha “é preocupante” pelo que há necessidade de um envolvimento da população nesta luta porque notam-se o desleixo por parte das pessoas.
O número de casos activos no Tarrafal de São Nicolau tem estado a aumentar consideravelmente, avançou o delegado de Saúde daquele município, António Diniz Gomes, tendo reiterado que os casos na ilha são oriundos de Santiago e Sal, e a partir destes, iniciou-se a transmissão comunitária.
António Diniz Gomes disse que tem observado que há um “desleixo” por parte da população, que não obstante todas as medidas impostas e a divulgação das mesmas nos mais diversos meios, as pessoas insistem em não usar as máscaras e a evitar o distanciamento social e físico.
Segundo o delegado, inicialmente o vírus encontrava-se somente nas cidades e que agora há contágios nas zonas rurais, ou seja, o vírus alastrou-se pela ilha.
As autoridades sanitárias, ressaltou, reuniram-se nestes últimos dias de modo a reforçar o trabalho de fiscalização e sensibilização e também para analisarem algumas medidas a serem tomadas, relativamente às práticas desportivas e exercícios físicos nos ginásios.
Na primeira fase da covid-19 em São Nicolau, lembrou, as pessoas naquele município, não apresentavam sintomas e agora apresentam sintomas, pelo que suponham que esteja a circular na ilha uma outra variante do vírus.
“Ainda não temos uma confirmação, mas os sintomas aparecem muito rápido agora”, realçou salientando que as pessoas estão a “propagar” o vírus “muito rápido”.
Neste sentido, aconselhou as pessoas, principalmente os jovens a seguirem as restrições impostas pelas autoridades e para lembrarem que ainda a covid-19 existe.
Por sua vez, o substituto do delegado da Saúde da Ribeira Brava, Orlando Andrade, adiantou à Inforpress que os casos naquele concelho começaram a aumentar depois da ocorrência, recentemente, de um baptizado e de um funeral na zona de Cachaço, onde houve muitas aglomerações.
A situação epidemiológica naquele município é “critica”, informou Orlando Andrade, para quem os casos estão a aumentar “muito progressivamente”.
Adiantou que estão no terreno a sensibilizar as pessoas para o cumprimento das medidas impostas pelas autoridades, porque conforme afiançou, a colaboração das pessoas “é fundamental”.
“É preciso que a população faça a sua parte e apoie as autoridades nesta luta porque senão as coisas não irão melhorar”, disse salientando que a “sorte” é que no município da Ribeira Brava os casos activos são de pessoas assintomáticas e que não há internamentos institucionais.
A ilha passou cerca de três meses sem vírus e agora o resultado é “crítico”, por causa, sobretudo, do comportamento “inadequado” das pessoas, frisou o responsável.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde e da Segurança Social, o município da Ribeira Brava conta com um total de 55 casos activos e Tarrafal com um 83 infecções, ou seja, a ilha contabiliza 138 casos activos.