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Capela do Monte Cintinha vai ser o 1º santuário de Cabo Verde na celebração do seu centenário

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A Capela de Monte Cintinha, na localidade de Cachaço, em São Nicolau, será transformada num santuário, por ocasião das festas da celebração do centenário da sua construção, que acontece a 02 de junho.
São Nicolau: Capela de Monte Cintinha será elevada a santuário a 02 de junho por ocasião do seu centenário
A Capela de Monte Cintinha, na localidade de Cachaço, em São Nicolau, será transformada num santuário, por ocasião das festas da celebração do centenário da sua construção, que acontece a 02 de Junho.
A informação foi avançada pelo padre Eliseu Lopes, em entrevista à Inforpress, tendo reconhecido a importância histórica e religiosa que este acto trará na vida dos cabo-verdianos e, particularmente, dos sanicolauenses.

“Este reconhecimento vai alavancar a consciência e vivência das pessoas e aumentar, ainda mais, a fé e devoção de todos. Trará benefícios não só porque se trata de um marco religioso, mas terá consequências culturais e históricos”, afiançou.

A Capela de Monte Cintinha é visitada frequentemente por pessoas de São Nicolau e também por emigrantes, pois, segundo explicou o pároco, este lugar “é especial, de recolhimento”, onde se está “mais perto de Deus e mais perto do Céu”.

A ideia de transformar a capela num primeiro santuário, informou, partiu do bispo da Diocese de Mindelo, Dom Ildo Fortes, aquando da sua vinda a São Nicolau, na sua homilia em Maio de 2017, precisamente, no início do centenário da celebração de Nossa Senhora de Monte Cintinha.

Segundo Eliseu Lopes, o bispo de Mindelo lançou a comunidade religiosa o repto de constituir a capela num santuário e, para tal, foi criada uma comissão ‘ad hoc’ com intensão de preparar as celebrações centenárias.

A comissão engloba autoridades civis, público-religiosas, pessoas particulares que abraçaram esta causa para angariar recursos para reabilitar a capela e preparar uma festa grandiosa.

Até agora, foram mobilizados fundos, através de campanhas lançadas nas redes sociais, para a pintura exterior da capela e criar estradas que dão acesso ao átrio da capela e construção de um parque de estacionamento.

Questionado sobre a real importância dos inúmeros desafios da transformação da capela num local sagrado, o religioso respondeu que a igreja está ciente e encara-os como “oportunidades”, que vão colocar a ilha na rota do turismo e que vão servir para fazer crescer ainda mais a importância histórica do lugar e ajudar na divulgação do mesmo.

Reconhecendo que é preciso envolver todos os intervenientes, o padre Eliseu Lopes aproveitou para deixar um apelo aos operadores turísticos e instituições para um maior envolvimento de forma a poderem tirar melhor partido que esta oportunidade oferece.

“Penso que, como Igreja, já demos o primeiro passo, mas agora vai acontecer tudo por arrastamento, por assim dizer, em que o lugar em si, e a procura das pessoas/peregrinos, vai consciencializar as instituições, operadores turísticos, privados, a quererem investir no lugar, fazendo ali pensões, restaurantes, albergues, centros de saúde”, disse.

A Inforpress sabe que o bispo de Mindelo já se encontra no Vaticano para trazer o documento canónico que elevará a capela num santuário e apresentar no dia da celebração religiosa aquando da missa solene, que acontecerá no dia 02 de Junho.

O acto solene da consagração do santuário, que reunirá centenas de fiéis, será presidido pelo arcebispo de Braga, Dom Jorge Ortiga, e contará com a presença do núncio apostólico, Dom Michael Wallace Banach.

A Capela de Monte Cintinha iniciou a sua construção em 1917 e o seu término em 1919. A obra foi empreendida pelo então reitor do Seminário de São José (São Nicolau) e pároco de Nossa Senhora do Rosário, o monsenhor Cónego Bouças.