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Reino Unido organiza voo para retirar cidadãos retidos em Cabo Verde

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Este “voo especial” será feito a partir do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, e terá um custo por pessoa de 600 libras (671 euros), para regresso ao Reino Unido.

O Reino Unido vai realizar a 3 de junho um voo para retirar os cidadãos nacionais que permanecem retidos em Cabo Verde, arquipélago fechado há mais de dois meses a voos comerciais para travar a covid-19.

Segundo informação disponibilizada pelo FCO (Foreign and Commonwealth Office), responsável pela proteção dos interesses e cidadãos britânicos no exterior, este “voo especial” será feito a partir do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, e terá um custo por pessoa de 600 libras (671 euros), para regresso ao Reino Unido.

O voo destina-se apenas a cidadãos britânicos com residência habitual no Reino Unido e para dependentes que viajam com cidadãos nacionais, sendo atribuída prioridade a britânicos em situação “vulnerável”.

Desde 19 de março que o arquipélago de Cabo Verde está fechado a voos internacionais – permitindo apenas voos de repatriamento – como medida para travar o alastramento da pandemia de covid-19. As ligações interilhas foram suspensas dez dias depois, já com o país em estado de emergência, tendo sido retomadas progressivamente, apenas nas ilhas então sem casos ativos da doença e somente por via marítima, em 11 de maio.

A informação do FCO refere que “outros cidadãos estrangeiros poderão ser acomodados se houver capacidade suficiente” no voo de 03 de junho.

Quase 200 mil britânicos visitaram Cabo Verde em 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística cabo-verdiano, entre os 819 mil turistas que o arquipélago recebeu no ano passado.

Santiago é atualmente a única ilha cabo-verdiana em estado de emergência, pelo menos até 29 de maio, e com casos ativos de covid-19, devido ao foco na Praia, que concentra 83% dos 390 casos diagnosticados no país desde 19 de março e que já resultaram em três óbitos, o primeiro dos quais precisamente um cidadão inglês de 62 anos, que foi também o primeiro diagnosticado com a doença em Cabo Verde.

A embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Cabo Verde anunciou anteriormente a realização do nono e último “voo de repatriamento” de cidadãos norte-americanos naquele arquipélago, com destino a Boston, em 28 de maio.

Em maio apenas foram autorizados pelo Governo cabo-verdiano outros dois voos, da Praia com destino a Lisboa e ao Luxemburgo, para retirar cidadãos europeus retidos no arquipélago.

Este último “voo de repatriamento” para cidadãos norte-americanos já vinha sendo anunciado há várias semanas e, antes da partida da Praia para os EUA, terá escalas, para recolha de passageiros, nas ilhas do Sal e de São Vicente (Mindelo).

Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a embaixada dos Estados Unidos na Praia refere já ter organizado oito voos de repatriamento de Cabo Verde, permitindo o regresso de mais de 400 cidadãos norte-americanos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 344 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

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