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Instituto da Criança e do Adolescente registou mais de 180 denúncias de abuso sexual no ano passado

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A presidente do Instituto da Criança e do Adolescente (ICCA) disse ontem, dia 4, em Mindelo que o ICCA registou 184 denúncias de casos de abuso sexual em 2024, sendo 14 do sexo masculino e 170 do sexo feminino.

Zaida Freitas falava durante a abertura do acto central para assinalar o Dia Mundial das Crianças Inocentes e Vítimas de Agressão e o Dia Nacional da Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Menores.

Segundo a presidente do ICCA, a maior parte dos casos são de adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos, com registo de 137 casos.

Mesmo assim, informou, houve uma diminuição em 27 casos relativamente ao ano de 2023.

Conforme Zaida Freitas, a ilha de Santiago apresentou uma maior incidência, com 64 denúncias, seguida da ilha do Fogo, com 41, e a ilha de São Vicente, em 28 casos.

“Até os 12 anos da vítima, a maior parte das ocorrências acontecem no contexto familiar. Dos 13 aos 17 anos, as ocorrências são, essencialmente, no ambiente extrafamiliar”, vincou.

Segundo a presidente do ICCA, várias medidas e estratégias têm sido tomadas para fazer face a este flagelo a nível nacional.

A título de exemplo explicou que, até os finais de 2024, foram realizadas 340 acções de sensibilização em escolas, comunidades e de formação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e outras instituições a diversos sectores, desde as polícias Nacional e Judiciária, entidades religiosas, guias e operadores turísticos, taxistas e sociedade civil no seu todo.

Por isso, Zaida Freitas aproveitou para apelar ao engajamento de todos na construção de um sistema integral de protecção da infância pois, considerou, “só assim se pode ter uma sociedade verdadeiramente unida, mais segura e consciente das suas responsabilidades e onde as crianças e adolescentes possam sonhar, brincar, crescer protegidos e livres da violência sexual”.

Para a representante adjunta residente da Unicef em Cabo Verde, Ana Chiscova, a nível global, cerca de mil milhões das crianças, ou seja, uma em cada duas crianças no mundo são vítimas de algum tipo de violência.

O continente africano, referiu, tem a percentagem mais elevada das negligências infantis e que não se devem apenas à violência de forma directa, mas também a uma série de factores socioeconómicos e políticos associados, tais como os conflitos armados, a pobreza, os desastres naturais, entre outros, como as mudanças climáticas.

Mas, segundo a representante adjunta residente da Unicef em Cabo Verde, “a criança não é uma estatística, é uma vida.

Pelo que, reafirmou o compromisso da Unicef em continuar a apoiar técnica e financeiramente os parceiros de Cabo Verde e o sistema de protecção de crianças e adolescentes em todas as suas dimensões.

Inforpress

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